terça-feira, 8 de maio de 2012

Músicas Zumbi - 2 - "Civilian" (Wye Oak)

Continuando com a ideia de apresentar algumas músicas relacionadas ao universo do Apocalipse Zumbi (veja o anterior "Clutch - The Regulator" clicando aqui), hoje trago a canção "Civilian", da banda/dupla indie Wye Oak. Esta música aparece em The Walking Dead, no final do episódio "18 Miles Out" (o décimo da segunda temporada). 

Aí vai a canção original, já com cenas da série:

E, para não perder o costume, aí vai a minha versão, rs.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um trabuco na cintura



Um projeto de lei que prevê a revogação do Estatuto do Desarmamento no Brasil está em trâmite na Câmara Federal. A PL 3722/12 foi apresentada pelo deputado Rogério Peninha Mendonça, do PMDB de Santa Catarina, e aguarda despacho da presidência da Câmara. O projeto é extenso, escrito de forma a demonstrar vasto conhecimento do assunto. O deputado quer que a venda de armas seja permitida e regularizada no Brasil, batendo de frente com todas as campanhas pacifistas de desarmamento dos últimos anos.

Não dá para colocar uma arma de fogo na mão de qualquer um. Isto é um fato. Os fatores psicológicos para o porte de arma têm de ser debatidos e analisados profundamente, antes de permitir que se compre uma calibre .38 em qualquer loja de conveniência. No entanto, a cultura do pacifismo em nosso país tem sido fortemente implantada pelos políticos que desejam uma imagem de “protetores da paz” e pela mídia, que garante que este é um dos melhores caminhos para controlar a violência. A pergunta que faço é a seguinte: até onde a proibição da compra e porte de armas de fogo para cidadãos comuns é benéfica para a sociedade?


Sabe-se que as armas apreendidas com traficantes e criminosos, quase em sua totalidade, são adquiridas através do mercado ilegal. Não são armas documentadas, destas que um atirador esportista sofre tanto para conseguir. No entanto, as campanhas de desarmamento visam especialmente aquelas armas que o cidadão simples tem em casa, guardada em cima do guarda-roupas. Muitas delas nem são para a proteção pessoal; tratam-se de revólveres velhos, enferrujados e empoeirados, que só servem para causar acidentes. Estes deveriam mesmo ser entregues, mas por espontânea vontade, e não por uma imposição legislativa.
Há, porém, aqueles que preferem se previnir. É assim nos Estados Unidos, por exemplo, onde diversos estados permitem a livre comercialização de armas, de forma até bastante facilitada. Qualquer pessoa pode ter sua arma em casa, no Texas, e isso faz com que o índice de criminalidade se mantenha baixo, uma vez que os bandidos vão pensar duas vezes antes de invadir a casa de uma senhorinha da igreja que guarda um rifle atrás da porta.
Acontece que é um costume do brasileiro (e de diversos outros países da Europa, por exemplo), manter-se aquém da discussão racional, aceitando as imposições políticas e midiáticas sem analisar o que lhe será mais benéfico. Assim, obedecemos às regras de “não reagir”, “não lutar”, “não protestar”, em casos de assalto, por exemplo, criando uma cultura de submissão ao criminoso. Não seria melhor se, ao termos um ladrão entrando em nossa casa e submetendo nossa família ao perigo, pudéssemos nos defender com o mesmo potencial de fogo, desde que devidamente preparados para isso?
Talvez se os cursos e clubes de tiro fossem mais acessíveis à população em geral e a venda e porte de armas fossem mais facilitados, o verdadeiro controle sobre a criminalidade armada fosse mais fácil para as autoridades. No entanto, imagine que “beleza” seriam as brigas de trânsito, com qualquer motorista maluco carregando um revólver na cintura. É por isso que reforço a opinião de que o assunto deve ser profundamente debatido. Mas, a população deve participar ativamente deste debate, e não apenas aceitar as opiniões dos pacifistas, que muitas vezes não pensam na individualidade da proteção pessoal. E você, o que acha disso?

PS.: Este é um assunto interessante para nós, que acreditamos em um possível Apocalipse Zumbi, por motivos óbvios: com a legalidade da compra de armas, haverá mais lojas de armamentos espalhados pela cidade, rs. 


Este é o link oficial com a íntegra da PL 3722/12, na Câmara Federal: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=541857&from=Movimento+Viva+Brasil


Este é um texto do site Sobrevivencialismo.com sobre a lei: http://sobrevivencialismo.com/2012/05/07/campanha-contra-o-estatuto-do-desarmamento-e-um-texto-para-reflexao/


Aqui há um vasto material sobre a lei, publicado no site Movimento Viva Brasil, que debate os direitos do cidadão, inclusive referentes às armas de fogo: http://mvb.org.br/campanhas/pl3722/


Esta é uma imagem que está correndo pelos fóruns, páginas, blog e grupos de Sobrevivencialismo no Facebook, explicando como a população pode contribuir para a regularização do porte de armas no Brasil:














quarta-feira, 2 de maio de 2012

Músicas Zumbi - 1 - "The Regulator" (Clutch)


Hoje começo uma série de postagens com músicas relacionadas ao tema zumbi, especialmente se tratando de The Walking Dead. A primeira canção é "The Regulator", da banda stoner rock Clutch. A música é tocada no final do episódio Nebraska, quando Rick Grimes atira contra os estranhos no bar.

Aí vai o vídeo original da canção:
Clutch - The Regulator


Esta é a cena em que a música é tocada:



E este é um vídeo que fiz tocando a música:


E você? Tem sugestões de músicas que remetam à temática zumbi?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Comerciais de Resident Evil 2 dirigidos por George Romero

Depois de entrar no Youtube para relembrar a introdução do PlayStation, aquela da tela branca que ficava preta, com o logo e a saudosa trilha sonora, cliquei por acidente em um link cujo nome me chamou a atenção. Assisti ao vídeo e tive que efetuar uma pequena pesquisa. Bom, aí vai.
Todos sabemos que George Romero é o "pai" do Apocalipse Zumbi. Conhecemos sua importância na filmografia com o tema e realmente gostamos de como ele incluiu esta cultura à cinegrafia, que repercutiu em outros filmes, livros e jogos de video-game. Exemplo disso é a série Resident Evil, com toda a temática zumbi claramente inspirada nos filmes de Romero. O que me surpreendeu foi encontrar os comerciais televisivos de promoção do lançamento do jogo Resident Evil 2 (Biohazard 2, no original), dirigidos por ninguém menos que o próprio "criador" deste mundo que desejamos, rs. 
São dois comerciais de 30 segundos em live-action, que chegam a ser engraçados, mas têm a marca registrada da fotografia de Romero. Além disso, os zumbis ficaram muito característicos. Os comerciais foram ao ar apenas no Japão, semanas antes do lançamento do jogo.
De acordo com a página do Resident Evil Wiki, o diretor cineasta foi convidado para escrever o roteiro para os filmes de Resident Evil, mas recusou, porque não queria mais fazer filmes sobre zumbis. Posteriormente, Romero mudou de ideia, mas aí já era tarde. Desta vez, foi a direção da Capcom que recusou o roteiro, dizendo que estava "ruim". De qualquer forma, o que quer que Romero tivesse escrito para ser o filme de Resident Evil, nada poderia ser pior do que os filmes sobre os jogos que temos hoje em dia. Esta é a minha opinião, e por aqui não há democracia! rs.
Aí vão os comerciais feitos por Romero. Logo abaixo, o making-of.
Continuem sobrevivendo!

1º Comercial Resident Evil 2 dirigido por George Romero



2º Comercial Resident Evil 2 dirigido por George Romero



Making of Comercial Resident Evil 2 dirigido por George Romero



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bom dia, errantes e sobreviventes! Ontem o pessoal do Zumbiverso Nerd publicou a segunda parte do primeiro capítulo da história zumbi que estou escrevendo. Nossa amiga Lucy acaba de ver os pais sendo atacados por zumbis e não pode fazer nada, já que está trancada em seu quarto, no prédio aonde mora. Agora ela precisa dar um jeito de sair de lá e pensar no que fazer. Acompanhem!


Parte 2

Lucy gritou e gesticulou, mas não houve tempo. Quando perceberam, os zumbis já cercavam a família e o irmão de Lucy investiu contra o primeiro. Desesperada, Lucy assistia a luta vã de pai e filho, que tentavam proteger o corpo já inerte da mãe, estendido ao lado do carro. Não foi menos assustada que a garota ouviu os latidos de Tampo, que conseguira se soltar da coleira para defender a família em apuros. O vira-latas não teve tempo sequer de morder a perna do errante mais próximo aos donos. Foi atacado por três zumbis que não se importavam com os ganidos do animal. Lucy tinha o rosto machucado pelas unhas que, tamanho nervosismo, cravou enquanto chorava e gritava pela família. Quando percebeu que o pai e o irmão, assim como o cachorro e a mãe, não teriam salvação, a garota se encolheu no canto do aposento, com as mãos tapando os ouvidos com muita força. Ainda assim, podia ouvir os gemidos dos zumbis que destroçavam sua família, os gritos do pai e do irmão, que aos poucos iam se calando, mas chegavam abafados aos ouvidos da garota. Lucy chorou e pediu a Deus para que tudo acabasse rápido. As lágrimas escorreram em seu rosto por várias horas, até que a garota caísse no sono, ali mesmo, encolhida no canto do quarto, com as mãos nos ouvidos.
Quando acordou, Lucy não tinha ideia de quanto tempo havia passado. Por um milésimo de segundo, pensou que havia tido um pesadelo, mas logo percebeu que não havia sonhado: o silêncio sepulcral da casa escura era a prova de que a família inteira jazia morta em frente ao prédio. Já era noite, e nenhum som vinha do lado de fora - nem os gemidos dos mortos-vivos, nem seu arrastar de pés. Lucy fez força para vencer o desânimo e se levantou. Apesar do breu, ainda podia distinguir os móveis do quarto, com sua cama desajeitada, as roupas espalhadas, o computador desligado, os pôsteres de artistas que gostava e a coleção de livros do Harry Potter, alinhados na prateleira. Caminhou até a porta para certificar-se de que o irmão realmente a deixara trancada. Era uma noite fria e a brisa do vento trazia um leve cheiro de podridão. Evitando olhar para fora, Lucy fechou a janela que havia lhe servido de camarote para o terrível espetáculo daquele dia. A garota caminhou até a cama e se sentou, tentando não pensar na dor opressora que sentia no peito. Fez cara de choro ao pensar na morte dos pais e do irmão, mas já não tinha lágrimas e a cabeça doeu com o esforço. Limpou o nariz ressecado na manga da blusa e esfregou os olhos castanhos, que ardiam. Passou as mãos pelos cabelos castanhos e lisos, desalinhados, levando as mechas para detrás das orelhas. Deitou-se devagar e voltou a dormir.
Lucy acordou desconfortável com o calor do dia ensolarado que entrava pelos vidros da janela. Um pouco atordoada pelo sono recém desperto, se sentou à beira da cama e percebeu que estava com a garganta seca, lábios rachados, olhos inchados e com fome. Ajeitou os cabelos, calçou o par de Converse que deixava embaixo da cama e foi novamente verificar a porta trancada. Parou por um momento, com a cabeça encostada na madeira fria, tentando pensar em uma solução. Ela precisava sair dali, ir para a cozinha, beber água, comer alguma coisa, talvez tomar um banho, e depois pensar no que fazer. Olhou em volta, por todo o quarto, procurando algo que lhe ajudasse a arrombar a fechadura. Encontrou o removedor de grampos, um objeto de metal que usava para remover os grampos dos trabalhos de escola e organizar tudo por pastas coloridas. Voltou à porta e ficou olhando para a fechadura, tentando imaginar um jeito de abri-la a força. Enfiou a ponta do removedor de grampos no buraco da chave, girou, balançou, mas tudo o que conseguiu foi barulho e uma dorzinha no pulso, que sempre lhe voltava, por conta da tendinite. Por fim, achou melhor tentar arrancar as dobradiças, desparafusando com o removedor e empurrando a folha da porta. Lucy viu que não teria como desparafusar, uma vez que a porta estava fechada e tudo o que ficava exposto das dobradiças era justamente a junção entre as peças. Com raiva, cravou o removedor entre o metal das dobradiças, como se desse uma facada. Um estalo fez com que ela voltasse a prestar atenção no trabalho. O removedor de grampos ficou preso entre as peças da dobradiça e a madeira do batente, que abriu uma pequena rachadura. Lucy olhou em volta atônita e escolheu o livro mais grosso, Harry Potter e o Cálice de Fogo, uma edição especial de capa dura que havia comprado pela internet, para usar como martelo. O removedor de grampos continuava preso ao batente e Lucy não hesitou: com um movimento rápido, bateu com o livro na ponta da ferramenta, que bambeou e se afundou um pouco mais na madeira, com outro estalido. Ela ajeitou o removedor, respirou, e repetiu o movimento. Desta vez a pancada fez com que o objeto se soltasse, mas um dos parafusos da dobradiça parecia estar completamente solto. Lucy ajeitou novamente o removedor entre a dobradiça e o batente e efetuou todo o trabalho. Quando soltou o último parafuso e viu a porta bambear, a garota olhou com tristeza para o livro em frangalhos e o jogou em cima da cama. Afastou-se um pouco e impulsionou o corpo contra a porta, que rangeu, estalou, fez um “creque” e, finalmente, caiu para frente, deixando farpas da madeira estilhaçada no batente e onde ficava a fechadura.

...

Continua

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Olá!

Dia desses comecei a escrever uma história zumbi, que foi surgindo na cabeça.  Agora a coisa está tomando boas proporções. Ontem o pessoal do Zumbiverso Nerd publicou o primeiro trecho do primeiro capítulo. O leitor acompanhará a estudante Lucy, que está sozinha no meio do caos e recebe uma estranha mensagem em seu celular, de um número desconhecido, o que indica que pode haver mais sobreviventes. O primeiro trecho está disponível na sessão de Contos do dia Z: http://zumbiverso.com.br/contos-do-dia-z/





SMS

Não bastasse todos os problemas que vinha enfrentando nos últimos dias, Lucy também tinha que se preocupar com o calor escaldante, que lhe deixava desidratada e fazia os odores dos mortos vivos, que perambulavam pelas ruas adjacentes, ficarem ainda piores. A pouca sorte da garota ao escapar desarmada dos últimos dois zumbis na saída do prédio onde morava, numa pacata vila residencial do interior do Estado, parecia estar se esgotando.
Pela manhã, Lucy recebera uma mensagem em seu celular. Surpresa com o fato de que os sinais ainda fossem capazes de transmitir SMS, a garota leu a mensagem, provavelmente enviada aleatoriamente, e teve certeza de que não era a única sobrevivente em meio aquele caos.
Já não era capaz de precisar a quanto tempo aquilo tudo havia começado. Os pais de Lucy tinham sido mortos, tal qual seu irmão mais velho e o cachorro da família, Tampo, atacado ao tentar defender os donos. Lucy assistira a tudo da janela do terceiro andar, onde morava. Os pais voltavam da igreja, onde o pastor estava reunindo sobreviventes desabrigados. A mãe de Lucy sugeriu a visita à comunidade do pastor para oferecer um quarto no amplo apartamento da família, de modo que a igreja não ficasse sobrecarregada. Quando o pai de Lucy estacionou o carro em frente ao prédio, de volta da missão social, duas daquelas horríveis criaturas se levantaram para lhes atacar. Os corpos espalhados pela rua fizeram com que Lucy e sua família achassem que estavam todos realmente mortos. Eles não sabiam quanto tempo podia demorar para um dos atacados se transformar, portanto não esperavam pelo ataque. Enzo, o irmão de Lucy, também assistia a volta dos pais pela janela, e logo desceu as escadas em disparada para ajudá-los. Antes, porém, trancou a porta por fora, para que Lucy não se arriscasse. Desesperada, a garota bateu e gritou, mas não conseguiu arrombar o quarto. Voltou à janela a tempo de ver o irmão mais velho acertar um dos zumbis com o extintor de incêndio do condomínio. A rua era estreita e não dava muito espaço para a luta, uma vez que o Palio da família estava parcamente estacionado.
Enquanto Enzo estraçalhava a cabeça do morto-vivo que fora ao chão, o outro zumbi conseguiu agarrar a mãe de Lucy pelas costas. A mulher gritou de maneira pavorosa quando a criatura cravou os dentes em sua nuca, arrancando um grande naco de carne e nervos, fazendo com que um jorro de sangue escorresse pelas roupas da dona de casa. O pai de Lucy conseguiu se desvencilhar do cinto de segurança no qual estava preso, abriu a porta do veículo com grande violência e puxou o morto-vivo pelos cabelos, para lhe desferir um soco na sobrancelha. Ele era um homem alto e pesado, com os braços fortes marcados pelos anos de trabalho na construção civil, e aquele soco teria no mínimo desmaiado qualquer oponente em condições normais. No entanto, o zumbi mal percebeu a potência do golpe; com um leve desequilíbrio, o monstro largou o pescoço da mulher e voltou-se para o atordoado pai de família. Antes que o pai de Lucy tivesse qualquer reação, o zumbi lhe agarrou pelos braços e bateu as mandíbulas ferozes com dentes podres na direção de seu rosto. A cabeça do zumbi fez um barulho estridente quando o extintor de Enzo lhe acertou em cheio. O golpe foi tão bem dado, que zumbi, pai e filho perderam o equilíbrio e desabaram sobre o capô do carro, que disparou o alarme imediatamente. Enquanto os três se engalfinhavam no chão, o alarme do sistema antirroubo reverberou pela estreita rua e pelos becos que cruzavam a via, naquele silencioso final de tarde. Lucy, que olhava a tudo aflita da janela, teve um pressentimento ruim sobre o barulho. Ela abafou um grito ao ver que diversas sombras começaram a surgir lentamente de todos os cantos da rua, entre garagens, portões destruídos, das portas abertas dos veículos batidos, das caçambas de lixo, do comércio mais abaixo. Lucy tentou avisar ao pai e ao irmão, que finalmente haviam matado o zumbi e agora verificavam a mãe, que se contorcia agonizante.
CONTINUA

quinta-feira, 29 de março de 2012

Afinal: por quanto tempo Rick Grimes ficou em coma?


O sucesso inquestionável da série The Walking Dead, minha paixão por temas relacionados ao universo zumbi e o simples fato de ser mais um fã da série, tanto televisiva quanto nos quadrinhos, me levaram a abrir este blog. O título é uma brincadeira com a minha personificação de Rick Grimes nos encontros do grupo Walkers SP do Facebook (https://www.facebook.com/groups/walkersp/), uma turma de aficionados pela série que se reúne constantemente para debater os rumos do programa e se divertir com brincadeiras e discussões.
Em um destes encontros, o debate se deu ao redor de um tema: por quanto tempo o xerife Rick Grimes, protagonista da série e líder macho-alfa do grupo de sobreviventes através do caos do apocalipse, ficou em coma?
Todos os que assistem ou assistiram The Walking Dead devem se lembrar que, no primeiro episódio, nosso herói é baleado por dois bandidos fugitivos e cai em coma. Temos a visualização de alguns flashes enquanto Rick está internado, mas, quando ele acorda, se vê sozinho em meio a um verdadeiro inferno. Todo o hospital está destruído e Rick parece abandonado.
No meio tempo entre nosso xerife descobrir o que está acontecendo e encontrar sua família, a esposa de Rick, Lori Grimes, tem um caso com o melhor amigo do marido, o também policial Shane Walsh. Eles haviam fugido da cidade provinciana de Rick, tentando chegar a Atlanta, onde supostamente haveria um centro de segurança para os sobreviventes do apocalipse zumbi. É claro que não havia centro nenhum, e o pequeno grupo do qual Lori e Shane faziam parte se aloja em um acampamento próximo à cidade.
Quando Rick encontra a esposa e o filho pequeno, todos ficam surpresos que ainda esteja vivo. Isso porque o abandonaram no hospital, antes de fugirem. Não por não se importarem, mas porque era preciso ficar em segurança e não havia como carregar o xerife desacordado e doente por todo o caminho. Eles estavam certos de que os médicos cuidariam de Rick, ou de que ele estava morto.
É aí que entra o problema temporal: como Rick ficou sozinho, em coma, e por quanto tempo? Eu acho que tenho uma teoria.
Vamos começar pelo caos. No dia em que Rick foi baleado, nada tinha acontecido ainda em relação aos zumbis. Suponhamos que ele tenha sido levado para o hospital e tenha sido tratado. No flash em que vemos Shane levando flores para Rick, sabemos que o amigo continua trabalhando na delegacia, pois ele diz que o vaso é um presente dos colegas de trabalho.
Acredito que tenha se passado cerca de uma semana desde que Rick foi baleado até que os zumbis chegassem à sua cidade. Isso não quer dizer que o caos tenha se instalado de uma vez. No minijogo “The Walking Dead – Dead Reckoning” (http://www.amctv.com/shows/the-walking-dead/dead-reckoning), disponibilizado online pelo site da AMC, emissora que transmite a série nos Estados Unidos, o jogador controla Shane Walsh em uma sequencia de decisões em comandos de cliques, justamente durante o início de tudo. Assim, dá para sabermos que Shane não saiu da cidade antes do caos estar bem avançado.
Portanto, dou mais uma semana de coma a Rick Grimes.
Supondo que durante os ataques zumbis, sem que ninguém soubesse direito o que estava acontecendo, o hospital provavelmente deve ter ficado bastante movimentado, mas ainda funcionando. Chegamos ao ponto em que Shane convence Lori de que é mais seguro seguir para Atlanta, para a segurança de Carl. Temos aí mais uma semana, fechando o primeiro mês. Como o hospital ainda funciona, é seguro deixar o xerife para trás, ele pode ter argumentado. Ou então, a merda toda já começou a feder no hospital. Em um ou dois dias, toda a cidade já está tomada. Mas Shane, Lori e o garoto Carl estão a caminho de Atlanta.
 Aí chegamos à última semana de minha teoria. A cidade toda destruída, os funcionários do hospital abandonando o emprego ou sendo atacados pelos zumbis. Pronto, Rick fica para trás, sozinho no quarto. Talvez sua enfermeira, na correria de fugir para salvar a própria vida, tenha reabastecido o soro do xerife. Assim, lhe damos mais algumas horas sozinho.
O soro acaba. O corpo de Rick começa a desidratar e o instinto é mais forte que a enfermidade. Nosso corpo aguenta um bom período sem comida, mas a água é essencial. Por fim, um dia e meio depois de ter sido abandonado, Rick desperta, fechando assim a minha linha de raciocínio. Portanto, minha teoria é de que Rick Grimes passou cerca de um mês e uma semana em coma, enquanto o Apocalipse Zumbi se espalhava pelo mundo. E vocês, o que acham? Comentem!